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No terceiro episódio do Panorama: o seu radar de mercado, o especialista Fernando Brito, da NW Seguros, falou sobre um tema muitas vezes mal compreendido, mas extremamente estratégico para empresas: o consórcio.
Embora amplamente conhecido por pessoas físicas que querem adquirir veículos ou imóveis, o consórcio também pode ser uma ferramenta poderosa para empresários que buscam alternativas mais inteligentes de financiamento — especialmente em tempos de juros altos.
Segundo Fernando, o maior erro quando se fala em consórcio é a falta de alinhamento de expectativas. Muitos empresários entram em grupos de consórcio sem entender como funciona a contemplação, sem planejar a estratégia de lances ou sem ter clareza sobre os prazos de retorno.
“Se você entra achando que vai ser contemplado logo no início, sem estudo, a chance de frustração é enorme. O consórcio não é milagre — é estratégia”, reforça Brito.
Enquanto o financiamento oferece acesso imediato ao bem, com juros altos e endividamento visível no balanço da empresa, o consórcio funciona com taxas fixas e mais baixas, além de não comprometer o nível de endividamento do CNPJ. Isso pode ser uma vantagem competitiva importante na busca por crédito ou valuation da empresa.
Fernando compartilhou o exemplo de uma operação estruturada para aquisição de um galpão logístico no valor de R$ 30 milhões. A empresa utilizou o consórcio para diluir prazos e taxas, mantendo o fluxo de caixa saudável e alavancando patrimônio com inteligência.
“A lógica aqui foi dar um lance com parte financiada por banco e contemplar etapas com o consórcio ao longo do tempo. Resultado: dívida mais leve, menor custo e mais controle”, explicou.
O consórcio pode ir muito além do óbvio. Dá para usar para renovar frota, reformar sede, investir em tecnologia, realizar serviços como fertilização in vitro ou até comprar celular corporativo. Tudo vai depender da modalidade contratada e da estratégia por trás.
“O consórcio é uma excelente opção para planejamento de longo prazo, aquisição de ativos e até substituição de dívidas caras por dívidas mais saudáveis.”
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